domingo, 6 de dezembro de 2009
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
SÃO PAULO
( foto de Brigida Rodrigues )
No nosso 4 evento realizado na sede da Escola de Capoeira N'golo ia Muanda, acima de tudo, tivemos a grande oportunidade de poder reunir bons amigos. Cabello deixou sua marca registrada.
Cabello iniciou o caminho da Capoeira em meados da década de 80. Hoje, Cabello reside no sul da Bahia, onde ministra aulas de Capoeira Angola e percussão na Fazenda Ouro Verde, no Barracão D'angola em Serra Grande e claro, pelo mundo a fora!
www.dancebatukeira.com
Mestres renomados que possuem sua marca já registrada na história da Capoeira no Brasil e no extrangeiro, nos prestigiaram trazendo álem de suas presenças, um conteúdo de informações e histórias que parece não ter fim!
www.dancebatukeira.com
Mestres renomados que possuem sua marca já registrada na história da Capoeira no Brasil e no extrangeiro, nos prestigiaram trazendo álem de suas presenças, um conteúdo de informações e histórias que parece não ter fim!
Estiveram presentes:
Mestre Ousado: Sua contribuíção para o desenvolvimento da Capoeira é impagável, teve forte reperesentação no ABC paulista onde ministrou suas aulas por longa data. Em Singapura na Asia á mais de 10 anos mantém o seu grupo Argola de Ouro.
Mestre Angolinha, RJ: Figura de muito conteúdo e dono de um carisma inegualável, mantém na Faculdade Seropédica no Rio de Janeiro, sua escola. Um ótimo lugar pra vadiar.
Samba na madrugada!
E para nossa alegria, surpresa e muita honra, para fechar o dia e iniciar o domingo com chave de ouro, às vésperas de completar 85 anos de vida a ilustre presença do mestre Ananias e seus alunos, cujo o valor e significado são inconcebíveis por palavras. O mestre, trajando seu terno branco impecável, sapato de verniz reluzindo e o chapéu panamá levemente inclinado, nos deu a honra de sua companhia, cantando, versando, xingando e sambando até as 04:00hs da manhã, que foi a hora em que encerrou a roda de samba que teve o início as 22:00hs do dia 28/11/09, data que já entrou para história.
O detalhe é que o Mestre, não queria ir embora e foi o último a entrar no carro!
Mestre Ananias, sem palavras...
Até a próxima e muito obrigado à todos que compareceram em nosso evento, contribuindo para realização dessa festa mágica que é a Capoeira Angola.
"Somos sem dúvida privilegiados por poder reunir em nossa casa figuras de representatividade e valores incontestáveis da nossa Capoeira."
Por: Johan Negrão, Jacaré.
domingo, 25 de outubro de 2009
lV Evento N'golo ia Muanda:
Nós e a escola Zungu Capoeira, estamos realizando este evento.
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N’golo ia Muanda em novo endereço
Japa, treinel há oito anos, dando continuidade ao trabalho do treinel Marcelo, inaugura agora oficialmente em Osasco seu novo núcleo. Na casa de Angola.
A casa de Angola é um núcleo, voltado a valorização e ao estudo da cultura africana proveniente de países de lingua portuguesa. Situada na cidade de Osasco, o núcleo cultural, é o único pólo da grande São Paulo voltado unicamente aos costumes africanos.
Entre as parcerias, acervos e atividades permanentes da casa de Angola podemos citar o convênio com a cidade de Viana em Angola, de onde veio parte do acervo da casa e se firmaram acordos de intercambio para alunos do ensino superior. Na grade de atividades permanentes há aulas de samba, maracatu, danças afro, e a mais nova atividade na grade da casa, a Capoeira Angola.
A casa está situada na avenida Visconde de Nova Granada, n 513, próximo a estação Comandante Sampaio da CPTM e ao lado do centro de eventos Pedro Bortolosso na cidade de Osasco.
Para informações: (11)2183-6184 – Casa de Angola.
Rei Pelé e a Capoeira
“A Marcha”, filme de 1972 dirigido pelo renomado diretor Osvaldo Sampaio, retrata a São Paulo do final do século XVIII. Inspirado na obra de Afonso Schmidt, “a marcha”, conta a historia de Chico Bondade, personagem representado por Edson Arantes do Nascimento (Pelé), que busca salvar seus irmãos negros do processo escravista.
O filme conta também com a presença do mestre Zé de Freitas, que treinou Pelé durante as filmagens.
Nós e a escola Zungu Capoeira, estamos realizando este evento.
Cronograma:
28/11 Sábado - Oficina de Capoeira Angola:
- Música
- História
- Movimentos
- Roda Aberta
- Apresentação do documentário: Yalodê
Horário: 16 hs
Local: Rua Abagiba n 20 Ipiranga SP. Casa de Cultura Chico Science.
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29/11 Domingo - Oficina de Capoeira Angola
- Música
- História
- Movimentos
- Roda Aberta
Horário: 16hs
Local: Almirante Marques Leão 787 Bela Vista, SP. Sede Zungu Capoeira.
Valor do evento 40 reais com direito a uma camiseta.
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N’golo ia Muanda em novo endereço
Japa, treinel há oito anos, dando continuidade ao trabalho do treinel Marcelo, inaugura agora oficialmente em Osasco seu novo núcleo. Na casa de Angola.
A casa de Angola é um núcleo, voltado a valorização e ao estudo da cultura africana proveniente de países de lingua portuguesa. Situada na cidade de Osasco, o núcleo cultural, é o único pólo da grande São Paulo voltado unicamente aos costumes africanos.
A casa está situada na avenida Visconde de Nova Granada, n 513, próximo a estação Comandante Sampaio da CPTM e ao lado do centro de eventos Pedro Bortolosso na cidade de Osasco.
Para informações: (11)2183-6184 – Casa de Angola.
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Rei Pelé e a Capoeira
“A Marcha”, filme de 1972 dirigido pelo renomado diretor Osvaldo Sampaio, retrata a São Paulo do final do século XVIII. Inspirado na obra de Afonso Schmidt, “a marcha”, conta a historia de Chico Bondade, personagem representado por Edson Arantes do Nascimento (Pelé), que busca salvar seus irmãos negros do processo escravista.
O filme conta também com a presença do mestre Zé de Freitas, que treinou Pelé durante as filmagens.
quinta-feira, 30 de julho de 2009
Semana Cultural de Capoeira
Workshops de capoeira angola, ministradas pelos treineis Marcelo e Japa.
Workshops de capoeira angola, ministradas pelos treineis Marcelo e Japa.
Na semana do dia 27 de julho ao dia 2 de agosto foi realizado na cidade de Carapicuiba a "1 - Semana cultural da capoeira", evento que contou com a cordenação do Mestre de capoeira Luis Carlos, e a participação de diversos outros mestres, contra-mestres e professores.
Este evento contou com o apoio da Petrobras e do Ministério da cultura.
terça-feira, 21 de julho de 2009
À procura do samba tradicional
Localizado em São Francisco do Conde, no Recôncavo baiano, encontra-se o grupo Samba Chula Filhos da Pitangueira, que foi fundado em 22/03/1968.
Pelo violeiro mestre Zé de Lelihna, nascido em 10/01/1924 – 14/09/2008. Um dos grupos mais antigos e tradicionais que preserva a viola de machete e o canto da chula.
O grupo fez a sua primeira apresentação em Salvador Bahia, no TCA em 1968.
Participaram no palácio do planalto em 2004, com o Programa Nacional do Patrimônio Imaterial, representando os sambas do Recôncavo.
Com o Projeto Sonora Brasil em 2006 pelo SESC, o grupo percorreu inúmeros estados brasileiros realizando shows.
Localizado em São Francisco do Conde, no Recôncavo baiano, encontra-se o grupo Samba Chula Filhos da Pitangueira, que foi fundado em 22/03/1968.
Pelo violeiro mestre Zé de Lelihna, nascido em 10/01/1924 – 14/09/2008. Um dos grupos mais antigos e tradicionais que preserva a viola de machete e o canto da chula.
O grupo fez a sua primeira apresentação em Salvador Bahia, no TCA em 1968.
Participaram no palácio do planalto em 2004, com o Programa Nacional do Patrimônio Imaterial, representando os sambas do Recôncavo.
Com o Projeto Sonora Brasil em 2006 pelo SESC, o grupo percorreu inúmeros estados brasileiros realizando shows.
sexta-feira, 19 de junho de 2009
Trajetória: Treinel Marcelo
Professor Marcelo, iniciou a sua trajetória na capoeira, em São Bernardo do Campo, São Paulo, no ano de 1994 com o mestre Da Lapa.
Na época a sua intenção era conhecer, e fazer parte da cultura brasileira.
Com o passar dos tempos o mestre Da Lapa, é obrigado afastar-se da capoeira por um período, devido a dificuldade financeira enfrentada na ocasião.
Com o afastamento do mestre, Professor Marcelo decide treinar com o mestre Toco, do grupo Angolinha, um tradicional grupo paulista de capoeira que teve suas raízes em mestre Canjiquinha. Grandes mestres com fundamentos em capoeira angola como, Zé de Freitas, Melo e Cara- Pau, fizeram parte da formação deste grupo.
Um fato um tanto curioso e talvez até mesmo incompreensível para muitos é que apesar de suas raízes, ao contrário do que se pode imaginar até mesmo pelo próprio nome do grupo,
neste, não existiam aulas de capoeira angola, eram “proibidas” pelo regulamento interno do grupo. Em contra partida alguns mestres que integravam e integram o corpo do grupo até os dias atuais, realizavam em suas academias aulas de capoeira angola à portas fechadas.
As aulas eram ministradas apenas para alguns alunos, devido ao sigilo e de certa maneira ao temor de contrariar o regulamento, correndo o risco de ser expulso do grupo.
Estas aulas eram embasadas no aprendizado adquirido nas oficinas ministradas por mestre Cláudio de Feira de Santana, Bahia, que teve sua presença e influência fortemente marcada na região do ABC paulista.
Surge então a partir daí o interesse pelo jogo de capoeira angola, cujo o encanto e magia são características ímpares impossíveis de se descrever por palavras.
Neste processo de aprendizado, mestre Toco, na ocasião toma conhecimento da presença do mestre Zé de Freitas em São Paulo, e decide ir ao encontro do mestre, que se encontrava em um humilde espaço Sapopemba, um bairro paulistano.
“Em nome de Deus de todos os nomes
Javé, Obatalá, Olorum, Oió.
Em nome de Deus, que a todos os Homens
Nos faz da ternura e do pó.
Em nome do Povo que espera
Na graça da fé, a voz de Xangô
O Quilombo Páscoa que o libertará.
Em nome do Povo sempre deportado
Pelas brancas velas no exílio dos mares
Marginalizados no cais, nas favelas e até nos altares.
Em nome do Povo que fez seu Palmares,
Que ainda fará Palmares de novo.
Palmares, Palmares, Palmares do Povo.”
(missa dos Quilombos)
Na época a sua intenção era conhecer, e fazer parte da cultura brasileira.
Com o passar dos tempos o mestre Da Lapa, é obrigado afastar-se da capoeira por um período, devido a dificuldade financeira enfrentada na ocasião.
Com o afastamento do mestre, Professor Marcelo decide treinar com o mestre Toco, do grupo Angolinha, um tradicional grupo paulista de capoeira que teve suas raízes em mestre Canjiquinha. Grandes mestres com fundamentos em capoeira angola como, Zé de Freitas, Melo e Cara- Pau, fizeram parte da formação deste grupo.
Um fato um tanto curioso e talvez até mesmo incompreensível para muitos é que apesar de suas raízes, ao contrário do que se pode imaginar até mesmo pelo próprio nome do grupo,
neste, não existiam aulas de capoeira angola, eram “proibidas” pelo regulamento interno do grupo. Em contra partida alguns mestres que integravam e integram o corpo do grupo até os dias atuais, realizavam em suas academias aulas de capoeira angola à portas fechadas.
As aulas eram ministradas apenas para alguns alunos, devido ao sigilo e de certa maneira ao temor de contrariar o regulamento, correndo o risco de ser expulso do grupo.
Estas aulas eram embasadas no aprendizado adquirido nas oficinas ministradas por mestre Cláudio de Feira de Santana, Bahia, que teve sua presença e influência fortemente marcada na região do ABC paulista.
Surge então a partir daí o interesse pelo jogo de capoeira angola, cujo o encanto e magia são características ímpares impossíveis de se descrever por palavras.
Neste processo de aprendizado, mestre Toco, na ocasião toma conhecimento da presença do mestre Zé de Freitas em São Paulo, e decide ir ao encontro do mestre, que se encontrava em um humilde espaço Sapopemba, um bairro paulistano.
Ao chegar em sua academia vários quadros de Jiu Jitsu, tatames e uma mesa de massagem, mas o que mais chamava atenção era um quadro onde o mestre Zé de Freitas estava abraçado com o Rei Pelé. Indagado a respeito do quadro o mestre relata, que se tratava de uma recordação de um filme, pouco conhecido no qual Pelé fizera parte, um filme que falava de negros e o retrato era uma lembrança, um tipo de homenagem por ter ensinado Pelé a jogar capoeira para realização de tal.
Esta e muitas outras histórias fizeram com que Marcelo retornasse mais vezes, para saber das curiosidades do mestre e participar dos treinos ministrados em seu espaço.
Mestre Zé de Freitas, em certa ocasião assim como muitos outros mestres comentava a respeito do uso de graduações, como forma de sobrevivência (infelizmente até hoje) e que muitos mestres angoleiros também aderiram ao uso das “cordas”, por este triste motivo que até os tempos atuais continua sendo um obstáculo muito grande para boa parte dos capoeiristas, porém afirmava na época que a capoeira era misteriosa, não tinha como saber se o outro capoeirista era bom se nunca havia ouvido falar nele, pois antigamente não se usava graduações e para saber mesmo se um capoeira era bom, você tinha que analisar e estudar o jogo do mesmo antes de entrar em uma roda pra vadiar e nunca desmerecer o “adversário”, estas são algumas de muitas curiosidades e ensinamentos adquiridos com o simpático e humilde baiano mestre Zé de Freitas.
Nos tempos idos, haviam duas classes distintas de capoeiristas, os tocadores e os jogadores, tinha dia pra jogar e dia pra tocar e cantar, assim dizia seu mestre, Waldemar Rodrigues da Paixão.
Tempo vai, tempo vem e Marcelo através de sua amizade com seu irmão de capoeira Jacaré conhece mestre Geraldo Baiano, um capoeirista respeitado e muito considerado na zona sul de São Paulo, formado de mestre Miguel Machado do grupo Cativeiro.
A amizade com mestre Geraldo Baiano se consolida e prospera e firmam então alguns cursos de capoeira angola, como diria Geraldo “eitcha que a égua disimbestouce pra todo lado” frase predileta e ilária de mestre Geraldo Baiano, uma característica marcante impossível de não ser recordada, com um certo saudosismo.
A partir de então Marcelo começa a treinar com mestre Geraldo com o consentimento de seu mestre na ocasião,Toco.
Passado um período mestre Toco, convida Marcelo a se retirar do grupo Angolinha, pois não podia lecionar a capoeira angola, por que ia contra as regras do grupo.
A saída de Marcelo do grupo não poderia ser melhor, diga-se de passagem, foi “santo remédio”, pois se houvesse continuado, jamais teria evoluído na capoeira angola.
Marcelo continua então treinando com o mestre Geraldo Baiano.
Vários mestres consagrados e até mesmo lendários frequentavam a academia de mestre Geraldo, figuras de renome e muito “peso” na capoeira angola, como mestre Ananias, Bigo o Francisco 45, Zumbi, Lua Negra, Macaco Santana entre outros.
A capoeira de mestre Geraldo era mais autêntica, muita técnica, muita malícia, entradas, saídas e muita cabeçada e rasteira rsrs...
Havia também uma preocupação muito maior com o ritmo, a afinação dos berimbaus, a cadência dos instrumentos e uma ótica bem diferente pra capoeira.
Marcelo treinou com mestre Geraldo Baiano durante anos, até mestre Geraldo por motivo de força maior, ter de parar por um tempo de dar aulas.
É neste período então que Marcelo resolve ir para nossa querida Bahia de Todos os Santos, é indicado por mestre Plínio e Jogo de Dentro, e se hospeda na casa de Onça Branca, formada de mestre João Pequeno.
Lá conhece outros mestres e definitivamente tem uma imersão profunda na capoeira de angola. Mestre Lua de Bobó, lhe apresenta a Bahia, os grandes palcos de rodas famosas, as “roças” de candomblé mais conceituadas, e antigos mestres como Paulo dos Anjos, Zé do Lenço, Boca Rica, Fernando, Jaime de Mar Grande, entre outros.
Esta e muitas outras histórias fizeram com que Marcelo retornasse mais vezes, para saber das curiosidades do mestre e participar dos treinos ministrados em seu espaço.
Mestre Zé de Freitas, em certa ocasião assim como muitos outros mestres comentava a respeito do uso de graduações, como forma de sobrevivência (infelizmente até hoje) e que muitos mestres angoleiros também aderiram ao uso das “cordas”, por este triste motivo que até os tempos atuais continua sendo um obstáculo muito grande para boa parte dos capoeiristas, porém afirmava na época que a capoeira era misteriosa, não tinha como saber se o outro capoeirista era bom se nunca havia ouvido falar nele, pois antigamente não se usava graduações e para saber mesmo se um capoeira era bom, você tinha que analisar e estudar o jogo do mesmo antes de entrar em uma roda pra vadiar e nunca desmerecer o “adversário”, estas são algumas de muitas curiosidades e ensinamentos adquiridos com o simpático e humilde baiano mestre Zé de Freitas.
Nos tempos idos, haviam duas classes distintas de capoeiristas, os tocadores e os jogadores, tinha dia pra jogar e dia pra tocar e cantar, assim dizia seu mestre, Waldemar Rodrigues da Paixão.
Tempo vai, tempo vem e Marcelo através de sua amizade com seu irmão de capoeira Jacaré conhece mestre Geraldo Baiano, um capoeirista respeitado e muito considerado na zona sul de São Paulo, formado de mestre Miguel Machado do grupo Cativeiro.
A amizade com mestre Geraldo Baiano se consolida e prospera e firmam então alguns cursos de capoeira angola, como diria Geraldo “eitcha que a égua disimbestouce pra todo lado” frase predileta e ilária de mestre Geraldo Baiano, uma característica marcante impossível de não ser recordada, com um certo saudosismo.
A partir de então Marcelo começa a treinar com mestre Geraldo com o consentimento de seu mestre na ocasião,Toco.
Passado um período mestre Toco, convida Marcelo a se retirar do grupo Angolinha, pois não podia lecionar a capoeira angola, por que ia contra as regras do grupo.
A saída de Marcelo do grupo não poderia ser melhor, diga-se de passagem, foi “santo remédio”, pois se houvesse continuado, jamais teria evoluído na capoeira angola.
Marcelo continua então treinando com o mestre Geraldo Baiano.
Vários mestres consagrados e até mesmo lendários frequentavam a academia de mestre Geraldo, figuras de renome e muito “peso” na capoeira angola, como mestre Ananias, Bigo o Francisco 45, Zumbi, Lua Negra, Macaco Santana entre outros.
A capoeira de mestre Geraldo era mais autêntica, muita técnica, muita malícia, entradas, saídas e muita cabeçada e rasteira rsrs...
Havia também uma preocupação muito maior com o ritmo, a afinação dos berimbaus, a cadência dos instrumentos e uma ótica bem diferente pra capoeira.
Marcelo treinou com mestre Geraldo Baiano durante anos, até mestre Geraldo por motivo de força maior, ter de parar por um tempo de dar aulas.
É neste período então que Marcelo resolve ir para nossa querida Bahia de Todos os Santos, é indicado por mestre Plínio e Jogo de Dentro, e se hospeda na casa de Onça Branca, formada de mestre João Pequeno.
Lá conhece outros mestres e definitivamente tem uma imersão profunda na capoeira de angola. Mestre Lua de Bobó, lhe apresenta a Bahia, os grandes palcos de rodas famosas, as “roças” de candomblé mais conceituadas, e antigos mestres como Paulo dos Anjos, Zé do Lenço, Boca Rica, Fernando, Jaime de Mar Grande, entre outros.
Marcelo firma sua amizade com mestre Lua de Bobó e passa a treinar em sua academia localizada na época, no bairro do Dique de Tororó.
Mais tarde vem a conhecer mestre Cláudio de Feira de Santana, que o convida a fazer parte do grupo Angoleiros do Sertão, onde permaneceu durante sete anos. Neste período acompanha mestre Cláudio em incontáveis oficinas de capoeira angola pelo Brasil afora.
Mais tarde vem a conhecer mestre Cláudio de Feira de Santana, que o convida a fazer parte do grupo Angoleiros do Sertão, onde permaneceu durante sete anos. Neste período acompanha mestre Cláudio em incontáveis oficinas de capoeira angola pelo Brasil afora.
Nesta ocasião teve contato com grupos conceituados como Cordão de Ouro do mestre Suassuna em Itabuna na Bahia, mestre Maciel em Jaú, interior de São Paulo, mestre Medicina em Muritiba na Bahia entre muitos outros.
Em 2003 professor Marcelo já com uma boa bagagem e formação, toma partido definitivo na cultura brasileira e funda a Escola de Capoeira N’golo ia Muanda, que prospera como já sabido realizando diversos projetos sociais incluindo trabalhos voluntários, junto a prefeitura e secretarias do estado de São Paulo.
Professor Marcelo conta que a sua maior realização foi fazer parte ativa da gravação do cd do mestre Ananias, um ótimo registro histórico de uma lenda viva da capoeiragem.
Em 2003 professor Marcelo já com uma boa bagagem e formação, toma partido definitivo na cultura brasileira e funda a Escola de Capoeira N’golo ia Muanda, que prospera como já sabido realizando diversos projetos sociais incluindo trabalhos voluntários, junto a prefeitura e secretarias do estado de São Paulo.
Professor Marcelo conta que a sua maior realização foi fazer parte ativa da gravação do cd do mestre Ananias, um ótimo registro histórico de uma lenda viva da capoeiragem.
“Em nome de Deus de todos os nomes
Javé, Obatalá, Olorum, Oió.
Em nome de Deus, que a todos os Homens
Nos faz da ternura e do pó.
Em nome do Povo que espera
Na graça da fé, a voz de Xangô
O Quilombo Páscoa que o libertará.
Em nome do Povo sempre deportado
Pelas brancas velas no exílio dos mares
Marginalizados no cais, nas favelas e até nos altares.
Em nome do Povo que fez seu Palmares,
Que ainda fará Palmares de novo.
Palmares, Palmares, Palmares do Povo.”
(missa dos Quilombos)
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